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AGENDE-SE/DVD – 4 filmes para ver no fim de semana

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Dezenas de filmes de qualidade chegam semanalmente às locadoras e quase sempre sem qualquer divulgação. Confira as dicas de lançamentos em home vídeo desta  semana e agende-se: vale a pena pagar pela locação

Joaquin Phoenix e Phillip Seymour Hoffman em O MESTRE, de Paul Thomas Anderson

Joaquin Phoenix e Phillip Seymour Hoffman em O MESTRE (2012), de Paul Thomas Anderson

O Mestre (The Master2012. EUA) de Paul Thomas Anderson

Cinco anos após o lançamento do arrebatador Sangue negro, Paul Thomas Anderson retoma seu estudo pregresso da natureza humana através do encontro de entidades alternantes. Estrelado por Joaquin Phoenix e Phillip Seymour Hoffman, O Mestre remonta o cenário de vazio ideológico do pós-guerra para testemunhar, à sua forma, o nascimento da cientologia.

Engana-se, no entanto, quem acredita que O Mestre trata-se apenas de uma tentativa de atestado histórico; uma biografia distorcida de L.Ron Hubbard (fundador da cientologia), enfim. Repetindo a estratégia de Sangue Negro, Paul Thomas Anderson trabalha com a ideia de dualidade. Se em seu filme anterior o choque entre os dois personagens centrais – vividos por Daniel Day Lewis e Paul Dano – era pautado pela disputa egoica de poder, neste O Mestre, a disputa entre Phoenix e Seymour Hoffman é, entre outras coisas, pautada pelo amor.

Um verdadeiro estudo antropológico, O Mestre discursa sobre a liberdade individual e a domesticação do homem. Se em Sangue Negro Anderson já se impunha como um cineasta maduro, na obra em questão, seu domínio da linguagem transcende e confirma o fato: ele é um dos maiores cineastas da atualidade.

Leia também no blog de cinema as críticas completas do filme O Mestre clicando no nome do autor:

Pedro Azevedo;

Aílton Monteiro

 

Halle Berry e Tom Hanks em cartaz de A VIAGEM (2012), dos Irmãos Wachowski em parceria com Tom Tykwer

A Viagem (Cloud Atlas, 2012. EUA) de Andy e Lana Wachowski e Tom Tykwer

Fracasso retumbante de bilheteria, nem Tom Hanks vendeu A Viagem, novo longa dos irmãos Wachowski, incompreendido pela crítica e pelo público. Uma coisa é certa, não há meio termo em aceitação do filme: as reações variam da adoração à total ojeriza. Como de costume no feitio da dupla, o longa explora uma estratégia de narrativa fragmentada e problematizada através da montagem, repleto de camadas e subnarrativas, contrário à tendência didática e mentecapa do cinema comercial moderno.

Dividido em seis segmentos em que os atores interpretam os mesmos personagens em épocas diferentes (vivenciadas no processo da reencarnação), A Viagem abre ao infinito o leque de possibilidades de interpretação por parte do espectador. Da espiritualidade à física quântica, é o espectador quem decide em que acreditar. Um efeito borboleta mais interessante do que o próprio filme Efeito Borboleta. Leia-se: as nossas ações de hoje, por mais irrisórias que pareçam, tem impacto direto no futuro. Excelente recomendação.

Leia também no blog de cinema as críticas completas do filme A Viagem clicando no nome do autor:

Pedro Azevedo;

Pedro Martins Freire;

Aílton Monteiro

Jamie Foxx e Franco Nero em DJANGO LIVRE (2012), de Quentin Tarantino

Jamie Foxx e Franco Nero em DJANGO LIVRE (2012), de Quentin Tarantino

Django Livre (Django Unchained2012. EUA), de Quentin Tarantino

Desde Cães de aluguel, os lançamentos de novos filmes de Quentin Tarantino geram uma expectativa e causam reboliço dentro da comunidade cinéfila. Seu último filme, Django Livre, é, como em todos seus trabalhos anteriores, um exercício de colagem de estéticas cinematográficas, no caso em particular, a estética do Western Spaghetti. 

Longe de possuir a grande eloquência de Sergio Leone, o filme de Tarantino é ambientado no sul escravocrata dos Estados Unidos anos antes da guerra civil. As referências dos clássicos faroestes italianos servem apenas a titulo de estética, porque como bem sabemos, Quentin Tarantino possuí uma moral própria.

Muito se tem dito sobre Django Livre ser um filme racista. Basta dizer, na contramão, que em um cenário composto por Lincoln Histórias Cruzadas, onde o negro é vitimizado e enxergado com olhos paternalistas, no filme de Tarantino, pelo menos temos um negro que é dono do próprio destino, um agente de voz ativa, não passiva. Outra ótima dica! Tirem suas próprias conclusões!

Leia também no blog de cinema as críticas do filme Django Livre clicando no nome do autor:

Ailton Monteiro

Pedro Martins Freire;

Emma Watson e Logan Lerman em AS VANTAGENS DE SER INVISÍVEL (2012), de Stephen Chbosky

As Vantagens de ser invisível (The Perks of being a wallflower, 2012. EUA), de Stephen Chbosky

Dirigido por Stephen Chbosky, tendo por base o romance homônimo também de sua autoria, As Vantagens de ser invisível se esconde por trás de uma máscara leve e descontraída, quando na verdade se trata de um filme extremamente sensível e profundo.

A noção de adolescência, por mais moderna que seja, sempre foi tida como de ‘transição’ entre a infância e a vida adulta; naturalmente, deixar pra trás a herança paterna e mudar é sempre um processo muito sofrido. As Vantagens de ser invisível é um filme sobre crescimento, mudança, enfim. Estrelado por Logan Lerman, Emma Watson e Ezra Miller, gira em torno da dinâmica do trio. Embalado pela atmosfera da música setentista, Chbosky consegue realizar a rara proeza (aí entra o tato do diretor) de trabalhar com assuntos tão delicados de maneira tão sensível, não caindo, nunca, no pieguismo ou no choro fácil.

Uma poesia sobre o adolescer, recomendadíssimo!

Leia também no blog de cinema as críticas completas do filme As vantagens de ser invisível clicando no nome do autor:

Aílton Monteiro

Confira uma cena deletada de As Vantagens de ser Invisível.

Clique aqui para assistir o vídeo inserido.

 

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